Era uma vez, numa época remota na linda cidade de Belo Horizonte, então conhecida como Cidade Jardim, um rapaz muito simpático e muito noivo chamado Fábio Tunes. Acreditem, aquele descendente de italiana e português, tocava tamborim em um bloco caricato chamado Os Bocas Brancas da Floresta - o que comprova que de batuque ninguém pode tentar entender. E já que falamos de Brasil, mesmo no pacato estado de Minas Gerais, tinha chegado o Carnaval!
Naquele tempo o Carnaval tinha outra cara: a serpentina não matava, o lança-perfume só perfumava, e o verbo era brincar o Carnaval, não, se acabar. As pessoas se fantasiavam em vez de se uniformizar com os abadás da vida... Enfim (mesmo não estando no fim da história), quero deixar bem claro, o Carnaval tinha mesmo outra cara.
Nessa mesma época, havia uma mocinha muito simpática e graciosa e bonita e sapeca chamada Olga (Olguinha para os amigos) que havia fugido de casa para brincar o Carnaval (entenderam o sapeca?).
É que naquele tempo, para uma donzela ir para uma balada exigia uma operação mais ou menos complicada: tio/tia, irmão mais velho - de companhia - , vizinha implicante e fofoqueira espreitando pela janela, mocinhas à beira de um ataque de nervos planejando fugas espetaculares, pais severos que proibiam as filhas de tudo que poderia fazê-las "faladas", mães que se ajoelhavam com um terço nas mãos pedindo para a Quarta-Feira de Cinzas chegar logo, etc.
Foi assim que num
Os carnavais vieram e se foram. Inúmeros. Mas aquele foi especial. Que inexplicável e maravilhosa é a vida! De atos subversivos surgiu uma união - tempestuosa, mas união.
Eu nem sou muito chegada em Carnaval, mas posso me considerar uma filha legítima da mais brasileira das festas, sou descendente da folia!
Muito bem contada a historia de nossa origem. Tambem nao gosto de carnaval mas... Bjo
ResponderExcluirSó elogios pra vc, Favrinha...
ResponderExcluirSensacional esse post!!
Bjo grande!!!
Já ouvi esta estoria, inclusive acontecida no mesmo ano 1960.
ResponderExcluirSó muda os nomes Blocoimigrantes da Abissinia.
O casal apaixonado era tonibho chapinha e carminha. sera que seua pais se lembram dese casal?
Prezado Anônimo, parece que Carnaval é uma época ótima para desfazer noivados sem futuro, né? Infelizmente meus pais já não estão aqui, nesse nosso planeta. Espero que O Toninho e a Carminha estejam e cheios de saúde! Obrigada por comentar!
ExcluirÉramos para ter em BH, um belo desfile na Afonso Pena desses que eram os verdadeiros blocos caricatos que saiam tocando suas baterias dos bairros até chegarem para o desfile. Era no SÁBADO DE CARNAVAL. Hoje estão aí novamente e poderiam estarem bem melhor. O órgão responsável pelo carnaval de BH, perdeu a grande oportunidade dos desfiles de blocos serem reconhecidos mundialmente como já estava sendo e ficando famoso. Avacalharam, verbas fajutas; estrutura amadora e aí deu no que deu. Em toda cidade importante desse país, tem um tradicional desfile de carnaval. Recife, Olinda, Salvador...
ResponderExcluirIsso me faze lembrar do samba do João Bosco: " Não põe corda no meu bloco, nem vem com teu carro-chefe..."http://youtu.be/MpUTXIYvfZQ
ExcluirPor um carnaval sem protocolo!