A única coisa que me separa dos meus sonhos e desejos chama-se: realidade. Ela não entrou num acordo com eles, o que é uma pena! Mas, bola pra frente que ainda tem muito
chão!
Hoje, calhou de a dondoca, aqui, lembrar de uma mala lotada de fotos. Foto é
coisa muito banal, atualmente. Mas as fotos, a que me refiro, são aquelas das
antigas que tinham que ser: 1.º - rezadas! Nada garantia que as ditas seriam
bem-sucedidas;
2.º - reveladas. Era caro, pô!
3.º - dependiam de um encontro, pelo menos, para serem
compartilhadas.
Mas!!!!! Estamos em 2013. A realidade é virtual. A gente
tropeça em fotos, diariamente, minutamente, segundamente! O tal de ”compartilhar”
é o maior lugar-comum já que compartilhamos TUDO e mais alguma coisa.
Mas eu encontrei fotos
de antigamente. E isso transformou meu dia em uma viagem.
Vou confessar: foi
muito bom. É muito bom. Quando a gente chega a uma certa idade, o passado é
mais ou menos como um álibi. É permitido
o ridículo. É permitida a gargalhada. É permitida a lágrima e o suspiro
também. É uma coisa sem remédio, não tem como passar a limpo e, talvez por
isso, nos perdoamos ter envelhecido, ter errado, ter sido e ter acontecido. É uma dádiva
sobreviver e, ter convivido com aqueles que se foram. É privilégio.
Eu chorei de tanto rir. Eu ri sozinha. Eu me lembrei.
Lembrei de pessoas,
de lugares, de sentimentos, de oportunidades, de prazeres, de alegrias, de besteiras e senti gratidão.
Obrigada, d. Vida! “ Tamos” juntas e agarradas enquanto
pudermos nos aguentar. E se cada dia me trouxer tanta lembrança boa, que dure
muito.
Seja lá como for, só nos resta viver. Que seja plena, a
nossa vida, porque a carregaremos na memória pela eternidade.
Se for com foto, melhor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário