Está na hora. Passando da hora.
Nem peço licença,
educação não é isso.
Que lei é essa a
me prender, dominar?
Minha, não é. Na
verdade, nem existe.
Talvez eu tenha
acreditado demais nos críticos de “plantinha”. Tenha ouvido em excesso as
regras alheias. Na minha consciência importada. E me deixado levar...
Que me importa
quem não gosta do meu jeito?
Que me preocupa
quem não gosta da minha voz?
Tanto se me da
quem não suporta o meu riso.
Quem me acha feia.
Que me julga
insuficiente.
Não estou aqui
para esses.
Não faço caso dos
rapapés, nem dos afagos nas costas. Não mais! Nem dos beliscões, nem das
rasteiras. Chega!
Estou, centímetro
por centímetro, conquistando o direito de ser eu. Quilométrica busca, mas eu
chego lá.
Perfeição não é
meu horizonte. Unanimidade tampouco.
Espero apenas me
conquistar tanto, que eu tenha ciúme de mim.
Que eu me preze o
bastante para me dar uns agrados.
Que eu bata o pé:
aqui estou! Eu valho. e eu mereço e me basta contentar a mim própria.
A minha palavra
vale o som, o tom e o conteúdo.
O meu corpo vale o
espaço que ocupa.
Minha dignidade é
legítima.
Meu ridículo tem
sua validade.
Minha tristeza
merece cada lágrima.
Minha compaixão
tem sido aproveitada.
Eu gosto muito
disso tudo. Que me define. Me fortalece e conforta.
Quem mais pode
mergulhar nessa alma e se sentir em casa? Quem mais pode ter conforto nos
pensamentos mais insanos? Que pedir mais?
Coragem!
Para continuar me
apossando das minhas verdades e dos meu quereres.
Para convidar quem
pretenda seguir comigo (e não me plante cercas).
Não me julgue que
é perda de tempo.
Aplauso ou vaia: o
mesmo peso.
Sei de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário