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domingo, 11 de setembro de 2011

Espetáculo


Cada um que nasce recebe seu dom de se fazer ser.
Para encarar o compromisso nada de coragem, de sensatez, de confiança ou loucura pode ser desperdiçado.
Cada pedaço da vida pede ousadia:  para seguir com devoção ou  liderar com energia, para inventar ou adaptar, para permitir ou negar, porque não há ensaio. A vida é ao vivo (dã)!
E cada um interpreta o script do seu jeito:  Só não há espaço para canastrões, aqui. 
A platéia é implacável; a crítica, formidável e o pagamento, imprevisível.
Mas o espetáculo, mesmo,  acontece sorrateiro nos bastidores. É na solidão do backstage  que, junto ao espelho, você descobre seu rosto. E  ao comparar a atuação com a sua verdade,  marca pontos quanto mais se aproximam.
Quanto eu me pareço comigo? Não é fora de mim que a resposta espera.
Não posso querer contentar a assistência inteira. 
Há quem pede comédia no meio do meu drama, e vaia.
Há quem quer suspense quando eu sou clown, e apupa.
Até na minha tragédia existe gargalhada.
Então, é vã a minha busca pelo aplauso unânime e inútil esperar qualquer estatueta.
Minha missão é escrever cada ato e me tornar digna do papel.
Se eu me reconhecer já é suficiente.


Um comentário:

  1. Muuuuuuuuuuuuuito bom, a d o r o cada um de seus posts. Bjo maninha

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