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quarta-feira, 17 de abril de 2013

E eu?




Alguns dizem que eu sou feia, outros, que eu sou bonita e outros dizem que não se importam.
Alguns acham que sou inteligente, mas outros me chamam de burra e tem quem fale que estou na média.
Tratam-me de “você”, porque eu sou muito nova e me chamam de “senhora” já que sou velha.
Tem gente me chamando de gorda e tem gente que acha que “nem é tanto” e ainda quem me jogue um “gostosa” na frente da construção.
Sou rotulada de progressista por uns e de herege por outros.
Sou criticada por rir demais e por reclamar demais, quem entende?
Se quero participar, uns acham que é muito bom enquanto outros falam que é para “aparecer”.
Se eu choro sou uma “manteiga derretida” e se não choro sou insensível.
Se luto por alguma causa, me dizem que é falta do que fazer. Se não me engajo em alguma luta sou alienada.
Se exponho meu ponto de vista, sou intrometida. Se me reservo o direito de não opinar, sou omissa.
Ao assumir minha autonomia, sou egoísta, mas quando tenho dúvidas, sou fraca.
E eu?
Eu escolho a quem dar ouvidos: minha própria consciência.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

E quando eu veganizar?



Desde 05 de fevereiro de 2011 eu não como carnes. Quaisquer carnes.
A primeira motivação foi a piedade. Não quero que a minha vida seja sustentada pela morte.
Depois veio a pesquisa em sites, livros e revistas para melhor compreensão do vegetarianismo.
Depois veio a consciência de que algumas vidas são piores que a morte e a questão da indústria dos laticínios e de ovos fica batucando na minha cabeça!
Eu sei que meus dias de queijo e omeletes estão contados. E aí?
Como é que fica o nome do blog, heim? Heim?

(Estou com uma gripe pior que a mente do Feliciano e não vou conseguir escrever muito, mas vou deixar alguns links para sites e blogs de alimentação que eu acesso. A quem interessar possa.):


http://papacapimveg.com/
http://www.vegetarianismo.com.br
http://www.cantinhovegetariano.com.br/
http://vista-se.com.br/

O símbolo que ilustra esse post é o do veganismo.
Recomendo o vídeo: A melhor palestra que você irá ouvir na vida


segunda-feira, 11 de março de 2013

Cuidado!


Decisões são tomadas e opções são feitas o tempo todo, na vida.
Mas se você resolver tentar ser forte, tentar ser menos dependente, lutar pelo que acredita e encarar seus desafios, cuidado!
Principalmente se se tornar uma “ajudadora”, se acostumar a oferecer a mão, se criar o hábito socorrer ou amparar.
Tome tento. Você nunca mais poderá negar, se eximir ou falhar em sua “missão”. Nessa hora, a sua paga é um olhar ferido, um dedo acusador, um amuo vitimizado.
Você deverá, sempre, estar disponível para socorrer os “fracos e oprimidos”.
Você terá que abdicar de todo o direito que porventura se reserve de dizer não. De dizer, agora não. Em deixar que o outro assuma seu quinhão de responsabilidade ou disponibilidade.
Preste atenção,  que o limite do eu posso será quase sempre confundido com o você tem que.
Mas você também pode optar por se transformar em vilã e, por mais que sinta, encarar que não precisa tanto assim da aprovação alheia. Aliás, isso é uma coisa que você já deveria saber a muito tempo: ninguém precisa. 

domingo, 10 de março de 2013

O poder de uma foto




A única coisa que me separa dos meus sonhos e desejos  chama-se:  realidade.  Ela não entrou num  acordo com eles, o que é uma pena!  Mas, bola pra frente que ainda tem muito chão!
Hoje, calhou de a dondoca, aqui,  lembrar de uma mala lotada de fotos. Foto é coisa muito banal, atualmente. Mas as fotos, a que me refiro, são aquelas das antigas que tinham que ser: 1.º - rezadas! Nada garantia que as ditas seriam bem-sucedidas;
2.º - reveladas. Era caro, pô!
3.º - dependiam de um encontro, pelo menos, para serem compartilhadas.
Mas!!!!! Estamos em 2013. A realidade é virtual. A gente tropeça em fotos, diariamente, minutamente, segundamente!  O tal de  ”compartilhar”  é o maior lugar-comum já que compartilhamos TUDO e mais alguma coisa.
Mas eu encontrei  fotos de antigamente. E isso transformou meu dia em uma viagem.
Vou confessar:  foi muito bom. É muito bom. Quando a gente chega a uma certa idade, o passado é mais ou menos como um álibi. É permitido  o ridículo. É permitida a gargalhada. É permitida a lágrima e o suspiro também. É uma coisa sem remédio, não tem como passar a limpo e, talvez por isso, nos perdoamos ter envelhecido, ter errado, ter  sido e ter acontecido. É uma dádiva sobreviver e, ter convivido com aqueles que se foram. É privilégio.
Eu chorei de tanto rir. Eu ri sozinha. Eu me lembrei.
Lembrei  de pessoas, de lugares, de sentimentos, de oportunidades, de prazeres, de alegrias, de  besteiras e senti gratidão.
Obrigada, d. Vida! “ Tamos” juntas e agarradas enquanto pudermos nos aguentar. E se cada dia me trouxer tanta lembrança boa, que dure muito.
Seja lá como for, só nos resta viver. Que seja plena, a nossa vida, porque a carregaremos na memória pela eternidade.
Se for com foto, melhor!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quem duvida ainda tem jeito.






A primeira camada tem a casca grossa, aparência robusta, aspereza aparente e alguma agressiva ironia. 
A segunda camada faz fronteira com árida indiferença. Um quê de insanidade, pra impor  respeito e forjar  um alo intelectual. Consegue passar por algum ridículo e tentar sair ilesa.
A próxima. deixa entrever os nervos, a impaciência e a autoexigência (a casca grossa nasce aqui).
Na quarta, raleia o sangue. Rosada como a pele exposta ao sol entre meio-dia e três da tarde. Em verões rigorosos.
A quinta é broto. Inspira cuidados especiais. Quer dizer, inspirava.
A sexta é quase um sopro. Perde o fôlego facilmente. Mas é difícil chegar lá.
Na outra, é só um pranto soluçado. Um traço de esperança.
Isso tudo são conjecturas. Nada comprovado, só achismo.
Mas quem duvida ainda tem jeito.

Imagem: http://www.etsy.com/listing/67630042/onion-peeled-original-watercolor?ref=sr_gallery_27&ga_search_query=onion&ga_view_type=gallery&ga_ship_to=BR&ga_page=7&ga_search_type=all&ga_facet=onion

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A esperança é verde?




Tinha eu, eu e mais eu...
(Assim no minúsculo porque significa muito pouco. E juntando tudo não da uma.)
Uma feita de cores diversas jogadas aleatoriamente, como num jogo de varetas – entrelaçadas ao acaso
Outra, construída criteriosamente, tijolo por tijolo, com trena, nível, pá e cimento, mas por um pedreiro incompetente.
Mais uma que se delineava – projeto – em nuvens prenunciando chuvas e trovoadas durante o período.
Cada qual ria e chorava e sofria e se comprazia, pois esse é o teor da vida, inapelável.
No trançado de todas sobressaía um agridoce de culpa e de esperança, ó inocente.
É que o verbo persistir tem um poder incrível.
De pescar a vareta, perfurar a massa e calçar a parede torta, que quiçá, não caia.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Laranjada


                                                         

Eu abandonei, por um tempo, as laranjas. Ficava com as peras tranquilas, as maçãs simples, as mexericas fáceis e os mamões descomplicados.
Até que não é muito trabalhoso partir a laranja em quatro e descolar da casca para comer. Mas quem é da velha guarda, como eu, quer é laranja descascada em tira (de preferência contínua para declamar o abecedário e descobrir o amor perfeito). A faca precisa ser muito afiada e a mão treinada, porque ferir a polpa é um fracasso lamentável. Que outro jeito para conseguir a forma perfeita para tirar a tampinha (modo simples ou “boquinha de vovó”)? Depois é só a glória de ir apertando a fruta e libertar o delicioso sumo dourado das minúsculas garrafinhas (lembranças da Chave do Tamanho - nem só de preconceito cuidava ML); plic-plic, eu fico a imaginar! Nada elegante, mas tudo de bom, dizem as modernets que sabem das coisas. Afinal, o gesto mais básico dos mamíferos entra em cena e deve despertar lembranças primais nos cérebros do terceiro milênio. Chupa e  chupa até que sobre apenas o bagaço murcho que só pode ter dois destinos: Ser jogado, no lixo ou na cabeça de algum popular torcedor da arquibancada do Mineirão – diria o Papai. Oi? Não tem mais nada disso! O Mineirão já não tem arquibancada, os torcedores agora terão que ser mais “diferenciados” porque os preços dos ingressos não serão tão populares assim e o Papai, bem... o Papai já não está mais aqui para contar seus casos.  Mas, retornando ao assunto bruscamente interrompido pelas divagações saudosistas: Ser jogado no lixo ou ser virado do avesso para desgrudar os gomos  esvaziados e mastigar o epílogo do sabor da laranja – porque é gostoso e é bom pro intestino, diziam os antigos. Mas reagi, com louvor essa semana. Aquele tempo do verbo lá em cima, agora foi transformado em “eu havia abandonado” já que, depois de afiar caprichosamente a faquinha de cabo azul, está de volta a maior chupadeira de laranja à moda antiga. Que delícia!          


Fonte da imagem: http://www.raisedurbangardens.com/                   

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Femina







Eu lhe trago essa bagagem.
Ela não é sua, mas você terá que carregá-la todos os dias da sua vida.
Também não lhe foi dada qualquer oportunidade de se manifestar a respeito.
O conteúdo não tem o seu tamanho nem suas cores prediletas, mas você terá de usá-lo e, obrigatoriamente, ficar bela .
Você cantará no meu tom, mesmo que seja soprano e eu, tenor.
Sempre ouça o que eu digo e obedeça: é o papel que eu criei para você desempenhar.
De preferência, acredite em tudo que eu estabelecer. Mas não tem problema se não acreditar. Basta obedecer.
Pense bem baixinho para eu não escutar.
Caso fale, traduza suas palavras para o meu idioma.
Você tem que olhar o tempo todo para cima e cuidar para que seus joelhos não fiquem com as manchas muito aparentes. Só o suficiente para mostrar a posição que eu exijo que você assuma.
Engome caprichosamente as rendas que envolvem seus braceletes especiais.
Não se esqueça de cronometrar seu riso e controlar o volume da sua voz. É de bom tom ser discreta.
Decore a lista dos prazeres permitidos. É fácil, já que são tão poucos. 
Não queira ser vadia e vulgar.
Não se preocupe: Isso tudo dura apenas enquanto o seu prazo de validade não tiver vencido.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Colóratra



Tá bom, estou apelando e inventando palavras, agora.
Mas, quem nunca inventou uma palavra que atire o primeiro dicionário.
E já que eu toquei no assunto, apelar é comigo mesma. Herança do Papai, o maior apelador ever. Acho que é coisa de exagerados - Baixa um Cazuza, por favor!
Estou sempre a um passo do exagero e do over. Isso quando não atolo os dois pés, de uma vez, na jaca. Se tem coisa que me anima, me afeta, encanta e embriaga, é a tal da cor. Desde pequenininha, lá em Barbacena, eu fanatizava pelo colorido. Ô coisa linda, sô!
Eu me enrolava em milhares (alguns) lenços coloridos e ficava dançando embevecida. Era louquinha com as flores da buganvília da casa da Vovó, que eu chamava de bonina. E sempre, sempre, sempre fui fã de lápis de cor, canetinhas e quetais. Não precisava nem usar: só de ver aquele monte de cores e possibilidades de coloridos já estava bom. Pena que nunca tive o dom ou o talento do desenho e da pintura. Apesar de ter tentado. No Colégio São Miguel Arcanjo só havia dois cursos técnicos: Química e Desenho. Não durou nem um mês a minha vida de aprendiz de artista:  fui “incentivada” a optar pelo de Química!
Fiquei sabendo que as cores têm poder. Que novidade! Elas que já tinham me agarrado "de com força" há tanto tempo! A ponto de querer fazer uma campanha: Vamos colorir as ruas! Acho um verdadeiro horror - de tédio, de falta de graça, de xoxisse (existe isso?)  que nas ruas desse país quase só se vê carros cinza/prata, preto e branco! Nem os táxis amarelos sobreviveram! De uns tempos pra cá surgiram, timidamente, uns carros coloridos pra dar um up nessa selva cinzenta. Um viva para os que ousam sair do lugar-comum!
Pois eu quero é cor. Cor viva, impactante, tropicalíssima, aparecida, cheguei. Dar uma sacudida nos cérebros. Dar uma energizada na vida. Acordar os sentidos.
Há pouco tempo comprei uns tênis cor-de-rosa. Os filhotes reclamaram: Virou fã do Restart? Argh! E eu nem sabia o que era isso! Continuo usando os tênis cor-de-rosa choque que tem nada a ver com gosto musical e sim de gosto de vida!




domingo, 20 de janeiro de 2013

Vórtice, ou: Como conviver com as mudanças





É engraçada, a vida.
Como é mutante, como surpreende e, às vezes, assusta.
Foi sempre assim, viver?
Será que no passado as mudanças tinham um ritmo mais lento? Será que havia mesmo mais constância? Ou a consciência é que demorava mais para fazer "cair a ficha"?
Eu sei que a tal metamorfose ambulante virou coisa contagiosa e a vida, o universo e tudo o mais resolveram assumir a filosofia do Maluco Beleza.
Desde o clima, passando pelas modas, pelas formas de comunicação, tendências políticas, saberes científicos...tudo vai girando cada vez mais rápido como um vórtice que a tudo captura e a todos afeta.
Quem aí já olhou pra alguém muito conhecido e percebeu não reconhecer a pessoa?
Já aconteceu notar que os sentimentos, as certezas, os hábitos, etc, se perderam ou perderam o sentido?
É surreal essa percepção. Uma espécie de acordar súbito de um sono, aqueles sustos do tipo soluço de sonho.
E o jeito é tentar se adaptar rapidinho à nova realidade: da mesma forma como quando estreamos óculos novos (multifocais, para ser mais precisa).
Ou então arrenegar a mudança, enfiar a cabeça debaixo do cobertor e fingir que está dormindo.
Só que isso não funciona... ou funciona só por um tempo, pois ninguém pode ficar dormindo pra sempre ( e nem fingir que).
E como é pegar o foco à unha?
É sacudir a cabeça, olhar meio de banda até colocar em perspectiva e analisar a situeichom.
A mudança foi pra melhor? Foi uma evolução?
Sim.
Você quer evoluir junto?
Sim.
É possível?
E por aí vai...
Ou:
A mudança foi para pior? Foi retrocesso?
Sim.
Você aceita involuir?
Sim.
Vai fundo. Tem gosto pra tudo.
Ou:
A mudança foi pra esquerda? A sua curva é pra lá também?
Sim.
Vamos mudar juntos!
Ou:
Não.
Obrigada, Camarada, foi um prazer.


P.S.: Mas antes e acima de tudo: RESPEITO, pô!



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ondas




Ondas. Ondas.
Incessantes, perturbações oscilantes.
Eu queria, como os surfistas, parada sobre a prancha, ser capaz de analisar o mar e estar preparada para aproveitar o exato momento de fazer da onda meu veículo para,  apropriando-me do desafio do equilíbrio, ser conduzida à praia, cansada, mas  satisfeita.
Concentração e entendimento dos movimentos das marés, tão necessários para evitar sofrimentos e surpresas negativas.
A bem-vinda estrutura que me permitiria não incomodar quem quer que seja.
Que me impede disso? Otimismo ilusório? Inocência inoportuna? Estupidez?
É dolorido confiar. Inescapável, no entanto.
Como estar sempre alerta? De que jeito ficar preparada?
Marola ou tsunami, de qualquer maneira somos afetados. E ninguém está a salvo do efeito da maresia.
Mas eu queria estar mais preparada.
Eu queria não precisar de amparo. Somente remar e, num impulso, enfrentar o sal e o sol.
E ter a pele curtida. Aguentar o tranco e os caldos.
Ser capaz de sob nuvens chumbo fazer face ao oceano, ao mar.
Ondas. Ondas.

Eu já sabia disso: uma após outra, revezamento entre a calma e a tempestade, mas tudo lembra que ao ato de navegar é que mais se assemelha a vida.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ontem, estive feliz



Ontem, eu estive feliz.
Isso é importante porque foi o primeiro dia do ano.
Estar feliz é uma conquista. Portanto, já comecei o ano conquistando. Isso é um ótimo sinal.
Minha felicidade de ontem não foi uma conquista individual. Foi fruto de uma construção coletiva. Melhor ainda pois dividida. Que significa ser multiplicada.
Cada sorriso, cada riso, cada gargalhada tomou asas e foi voando pelo céu azulíssimo azulérrimo lindo e quando chegou em um certo lugar, foi recebida, abraçada, admirada e devolvida ainda mais exuberante (com as bênçãos de uma outra turma que, por sua vez, comemorava a nossa felicidade aqui).
Ontem, eu  tive fartura: de comida gostosa, de bebida gelada, de beijos estalados, de abraços de tamanduá e de carinho legítimo.
Que significa a grande capacidade de "suportar" as alegrias.
Ontem, eu revi pessoas e revivi encontros. E rememorei outros tempos e renovei meus laços. Como deve ser. Como precisa ser, porque de efêmeros contatos minha vida anda "por aqui"!
O que significa que eu preciso de algo mais que um aceno ou um tapinha nas costas.
Ontem, eu convivi com crianças lindas e completas na sua ingenuidade: o que eu já fui.
Compartilhei momentos com a moçada ávida de diversão e música: como eu já fui.
Comemorei com "coroas" plenos de consciência da importância de estar juntos: como eu sou.
Me comovi com os "velhos" esbanjando energia de viver e alegria: como, espero, serei.
Ontem, eu estive muito feliz!
Hoje, estou grata por ter-me permitido viver esses momentos.
Turma daqui: Obrigada pelos deliciosos momentos.
Turma de acolá do além: Obrigada por terem proporcionado tal oportunidade!
O que significa que eu tenho perspectivas enormes de um ano inteirinho para sentir gratidão.