Claro que eu desejo um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de
alegrias!
Mas, no fundo, no fundo, o que eu quero oferecer...sou eu.
Não que eu seja “grands coisa”, mas porque estou, efetivamente,
disponível.
Quero me oferecer para curtir, na vida. Curto com muita
sinceridade!
Eu, realmente, me importo. Com o seu sorriso, com a sua
conquista, com a prece.
Eu sei que sou preguiçosa e que, na maioria das vezes, mesmo
querendo estar perto, eu fico, mesmo, entocadinha em casa. Mas minha alma se
arrumou, perfumou e pegou 2 ônibus para estar pertinho de você.
Ofereço a minha solidariedade. Eu sofro pelas pessoas que
trombam nas portas de vidro. As pegadinhas me inspiram risos nervosos. Mais de
pena e preocupação. O ridículo anda muito parelho de mim, para eu achar graça.
Estendo o meu contentamento por cada concurso aprovado,
bebês enrugados fazendo careta nas maternidades e curas agradecidas. Porque eu
torço pela superação das doenças e me acabo quando a vida cede. Mesmo sabendo
que é finita, a existência sempre me flagra querendo mais tempo e mais
oportunidade de permanência nesse vale de lágrimas. Talvez porque eu saiba dos
sorrisos e das carícias.
Perdoem da minha intromissão não solicitada! Desculpem a
minha falta de noção. É que, quando eu
assustei, já tinha dado o sorriso. Quando dei por mim, já tinha puxado assunto
com quem nem conheço.
Tenho por testemunha a boa-fé. Sempre enxergo a cor mais
viva e o som mais alegre. Careço da desconfiança, mesmo que ela se esgueire sub-repticiamente.
É claro que não sou nenhuma Cândida. Mas eu juro: na
infância tentei trazer à razão, o demo.
Então, em 2016, eu ofereço o meu melhor: aquela que ama os
animais e as gentes, que aprecia uma rodada de Chopp ou chá; é chegadinha numa
festa de família e tenta ser útil no trabalho. Uma chefe que valoriza mais o
exemplo que a ordem. Tenho problemas com a temperança, mas se ela se acumula
nos quadris e na pança, é só uma rima lamentável. Vamos abafar o resto, porque
aqui não é confessionário.
É claro que eu desejo um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de
alegrias!
Mas vejam: eu não apenas desejo: eu me ofereço para, juntos,
construirmos essa felicidade com empatia. Estou pronta a doar minha compreensão
e afeto para minimizar o sofrimento dos seres.
Então, imaginem a luz, a cor, o som e o ritmo no mesmo
diapasão da boa vontade. Sou eu. Ou o que eu pretendo ser em 2016 e, pelo menos,
que a coragem não me abandone, porque não gosto de ser desmentida. Um pequeno
orgulho, ranço de um ano muito complicado.
Assim seja, beijos,
Flavia!
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