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domingo, 28 de novembro de 2010

Quando o que fica é a tristeza



Geralmente, são necessários nove meses para que um ser humano evolua de duas minúsculas estruturas que se fundem até um organismo completo e apto a inaugurar uma estrada nesse planeta azul.
Ideal seria se essa evolução orgânica precedesse a outra: moral, espiritual, psíquica, intelectual ou que outro nome tenha.
Porém, no meio do caminho, não tem só uma pedra: tem um monstro cujo nome é Vício. O sobrenome, Degradação. E é assim que a promessa vira fuga. A esperança transforma-se em amargura. O futuro nubla o horizonte e a via revela-se cadafalso.
O homem vai despindo o amor próprio, cai por terra a auto-estima; despenca um por um: o senso crítico, a responsabilidade, a razão, o raciocínio, a vergonha. Emerge um ser amorfo, um zumbi desconexo e perplexo diante de tudo que poderia e não se confirmou.
A força de vontade debatendo com um orgulho natimorto e equivocado.
Por que? POR QUE?
Queria tanto ter a resposta! Queria voltar lá no princípio e escorar as partes debilitadas. Queria remandar o tecido ainda firme, não o trapo que se desfaz. Inútil.
Fica a frustração de não poder fazer querer.
Espero o pedido de socorro que nunca vem, ou se vem, vem pela metade, vem incompleto, vem em falso.
Fica o amargor da incapacidade.
Aguardo a luz, que é vela quase extinta e bruxuleante.
Fica é a tristeza.
Grande, imensa tristeza a enregelar meus dias!



Crédito das fotos: Acreditem, esqueci. Não lembro de onde peguei, mesmo. Quem souber, por favor, me informe.

Um comentário:

  1. Lenita, obrigada pelo seu comentário. Você disse muito bem: livre arbítrio. A capacidade de escolher e arcar com a responsabilidade.E, quem sou eu para julgar as escolhas? Escolho ter a mão estendida na eventualidade de poder ajudar.
    Mais uma vez, obrigada!
    Flávia

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