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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um post embalado de presente


Vamos combinar que a pieguice fica de fora.
Vamos acertar que a sinceridade tem que ser total.
Vamos pactuar que a ocasião deve estar à altura.
E ajustar que a distância não interfira.
Determinemos que a festa aconteça virtualmente.
Bem, já que estamos de acordo, convido a personagem do post de hoje:
Vânia Helmer, neé, Gatti.
Nossa amizade começou antes mesmo que eu nascesse. Afinal, como contava a Mamãe, ela deu um tombo no Fabinho quando ele ainda era um bebezinho, e quem teve um irmão mais velho que vira-e-mexe te dava uns sopapos, sabe da gratidão que eu tenho pelo gesto de vingança adiantado.
Nossa infância foi sublinhada por períodos de férias - já que morávamos longe e não convivíamos muito amiúde - cheios de brincadeiras de casinha, com direito a "licores" coloridos de papel crepom em lindas garrafas, bonecas, desenhos enviados para o caderno Gurilândia e sessões de cinema com a Lúcia Helena.
Na adolescência dividíamos chicletes importados que comprávamos na Galeria Ouvidor, ouvíamos Milton Nascimento antes de sequer sabermos o que era o Clube da Esquina, paixonites germânicas (quem se lembra de Frederick Schenebelle e Wolfgang?), Queridos Diários e sonhos, muitos sonhos!
Na juventude fui platéia divertida das confusões que ela armava, e como ela conseguia ser pródiga nesse quesito!
Assim, consegui ser testemunha de uma vida venturosa. A Vânia sempre conseguiu cultivar as inúmeras amizades e tem, como marca registrada, a lealdade. Ela também sabe rir das suas trapalhadas e não levar muito a sério seus revezes. Acho que isso é natural das pessoas acostumadas ao sucesso, pois se os meus sonhos juvenis se confirmaram como agradáveis quimeras, a Vânia conseguiu realizar, um por um, todos aqueles planos lá de antigamente. Porque ela é a pessoa mais determinada e disciplinada que eu tive a oportunidade de conhecer.
Por tanta vida em comum, guardo partes dela comigo - como inspiração, admiração e um amor mais que fraterno.
Pela pessoa especial que me foi dada a conviver: gratidão.
Por tudo isso mais um tanto que não vai caber aqui (releiam a primeira linha desse post, por favor) eu brindo e comemoro:
Querida, muito querida, Vânia: Cheers!



Ilustração: http://sweet-as-a-candy.blogspot.com

3 comentários:

  1. Me lembro muito da época de Wolfgang...ele era vizinho da Tia Veny e sempre nas férias, a gente ficava vigiando a casa dele, pra ver que horas saia ou chegava...ficávamos escondidas horas e horas...E a Vânia, realmente, tem mta determinação por isso realizou muitos projetos! Parabéns pela lembrança!!!

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  2. OLá,

    Ainda não tinha pensado na ideia de transformar o pássaro do logo em joias..rs...mas a ideia é ótima!


    beijos

    Guilherme Bandeira
    www.olhaquemaneiro.com.br
    www.fandangossuicida.com.br

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  3. Minha mais que querida e adoravel Flavinha (nao posso me referir a voce sem fazer uso de superlativos). Muito obrigada pela nostalgica e tao contemporanea comemoracao: Me fez lembrar dos nossos segredos divididos, das nossas estorias compartilhadas, enfim, da nossa amizade e afeto. Me fez voltar quase 43 anos atras quando entao voce ja fazia uso criativo do seu Portugues. Coisa de super dotados ou gente sofisticada. Gente chique. Eu fico com as tres opcoes. Lembro-me muito bem quando voce tinha os seus quatro ou cinco anos e estavamos com a mamae para tomar o trem do barreiro para nossa casa onde voce iria passar uma semana de ferias, e eu te disse que a unica coisa que tinha medo do trem e' quando ele passava no pontilhao. Entao voce comecou a chorar e ficar apavorada quase que mudando de ideia para ficar, dai, pergunta a mamae: Tia Veny, Ponte Leao pega? E nos duas riamos e te abracavamos da sua ingenuidade e de sua maneira precoce de brincar com as palavras. Coisa de genio...
    Agora, o memoravel mesmo, nao foi fazer cinquenta anos, o grandioso sim, foi saber da nossa cumplicidade. Tirando fora uma bronquite daquelas, uma tosse que mais parecia coqueluche,uma voz de taquara rachada, voce me fez sentir especial e fez meu dia mais que perfeito. Foi ler voce e instantaneamente te categorizar como a mais chique de todas as amigas que tenho: Foi no dia do meu aniversario de cinquenta anos que descobri realmente quem voce e': CHIQUE. Foi tomando meu ordinario cha' de hortela para tentar controlar a minha febre e por outras inumeras razoes que eu te rotulei de Tres Chic: Pelo seu gosto exotico dos chas' do Ceilao,do seu amor pelo aroma das especiarias da India, da sua torta Sacher Vienense, da sua Bavaroise perfeita, de arrumar a mesa com os talheres e copos bem posicionados ( com rigor total a etiqueta), com porcelana Inglesa (miniatura ou nao), com toalhas de linho adamascado. Voce foi a inspiracao do meu dia e com ela voltei ao tempo onde voce me introduziu o gosto pela literatura ao dividir comigo "As Reinacoes de Narizinho" e toda a colecao do Monteiro Lobato da casa da tia Geni. Atraves de voce aprendi o gosto pela poesia onde ainda numa idade tao pueril recitavamos "Navio Negreiro". Tambem com voce aprendi e presenciei que cachorros podem ser atletas e dar piruetas no ar como o Moleque fazia... Voce tambem me introduziu o "Linguado" de Gunter Grass e bananas flambadas ao rum.
    Com voce aprendi que para ser chique nao precisa usar Prada. Voce me ensinou que chique e' a elegancia de ser sem saber que e'...
    Te celebro meu aniversario atrasado hoje e sempre com voce. Amem!
    Beijos superlativos! Vania

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