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domingo, 27 de junho de 2010

Lembranças Preguiçosas




Quando eu era menina, tinha uma preguiça sem noção. Ainda tenho, vou confessar. Para muita coisa. Só que é uma preguiça controlável, mansinha mesmo, porque eu dou um tranco nela, que aquieta. Além da preguiça, era a moleza... Parece que eu vivia em câmera lenta. Quem me vê hoje, não acredita. Sou tão ansiosa que normalmente faço mais de uma coisa ao mesmo tempo só para fazer mais rápido. Pode até ser por preguiça. Quanto antes acabar, mais tempo para ficar sem fazer nada (como se eu pudesse)! Filhos, marido, cachorros (de casa e da rua), gato, trabalho, escola, blogs! Eu ainda durmo! E como (como!).
Mas voltando à lerdeza.
Os meninos são que nem. O Frederico, então!
Foi por isso que eu me lembrei de uma piada que o Papai contava. De uma tartaruga:

Os bichos resolveram fazer uma festa na floresta e faltou açúcar para a caipirinha. Ficou aquela discussão para ver quem ia buscar. Acabaram tirando a sorte e a tartaruga perdeu. Ela tinha que ir buscar o açúcar. Todos prometeram esperar por ela, que prometeu não demorar. E ela demorou! Demorou um dia, dois dias, uma semana. Os bichos já estavam desesperados e começou a reclamação geral. - Que tartaruga lerda! - Não deviam ter mandado ela. - Óbvio que ela não ia ser rápida. E blábláblá, blábláblá... Foi quando a tartaruga pôs a cabeça pra fora de uma moita e disse:
(Nessa hora, o Papai engrossava a voz:
- Fica falando muito aí que eu não vou, heim!


É claro que a tartaruga era eu, né? Mas não é por preguiça que eu não tenho postado muito amiúde. O teclado estragou, o tempo está curto e agora ainda tem a memória que vai falhando. Tanta história do Papai e quando eu vou postar... esqueci!

Mas tem um caso que aconteceu em uma Copa do Mundo.Só não me perguntem em que ano.
Nós fomos assistir ao jogo na casa do Waltinho Magalhães e da Elisa. Uma farra só. Muito tira-gosto, muita bebida, muita animação. E o Brasil perdeu! Eliminado. O Papai, muito p. da vida, mas muito mesmo. E muito "alto" também. Nós morávamos no Colégio Batista e um pouco acima, na rua da nossa casa tinha um bar. No carro, quase chegando, a Mamãe pediu para parar porque precisava comprar cigarro. O Papai ficou com mais raiva ainda. Estava louco pra chegar em casa e ir dormir. Era na descida da rua e o bar ficava à esquerda. Ele resolveu parar na contra-mão, mesmo. Menos de um quarteirão para chegar em casa. Acontece que estava subindo um carro (na mão correta). O Papai cismou que não ia desviar. O outro motorista também achou um desaforo. Ficaram, os carros, ali, a centímetros um do outro. Eu saí do carro e acabei de chegar em casa a pé. Um pouco depois, fiquei sabendo: o Papai desceu do carro, o outro motorista também, a Mamãe(pra lá de Bagdá), a Adriana ... e foi um bafafá geral: sopapos, empurrões, gritos, choro e ranger de dentes. Muito típico. Mas esse caso eu não pude esquecer!

Foto e Foto-montagem (Acervo pessoal + (http://territoriopotiguar.blogspot.com/2009/06/no-passo-da-tartaruga.html)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Teclado Pifou!

Como estou aqui, catando milho no teclado virtual, vou deixar umas tirinhas que eu adoro! Boa sorte, Brasil! (apesar das tiras serem hermanas).













Créditos: Tirei daqui: (http://clubedamafalda.blogspot.com/)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fifi e Gegê




Era uma vez um casal.
Sei que existem muitos outros,
Mas esse era especial
Usei o verbo no passado
Pra começar a história
Mas a dupla é atual

Eles têm cinco filhos
Um desses é o mais legal
Na realidade, é uma
Essa uma, é a Leninha
Por muito e muito tempo
Uma amiga sem igual

A palavra que define
Esse par sensacional
É a generosidade
Que pela graça divina
Explica o que eu considero
Ser excepcional

Gentileza e alegria,
Sinceridade total.
Sempre me receberam
Com tanta espontaneidade
E isso só me inspira
Carinho incondicional

Fosse na casa ou no sítio
Numa época especial
Ou mesmo no dia a dia
Tive exemplos de bondade,
Talento, consideração
E respeito proporcional

Têm os nomes compridos
Isso é circunstancial
Por isso eu abreviei
Por comodismo e ternura
Chamei de Fifi e Gegê
Como forma opcional

Por isso deixo marcado
Nesse blog coloquial
Palavras que encontrei
Em homenagem sincera
A essas pessoas queridas
Com afeto intencional


Eu sei que eles merecem
Mais que um poema ocasional
Mas por enquanto é o que tenho
De mais significativo
Um depoimento simples
Com rima até o final






Fotos: Acervo pessoal.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crise


A foto aí de cima foi digitalizada pela Isabela - Zumbi e Frederico - "Cereal Killer" do Halloween da escola.



Adolescentes em crise. Dose dupla de rebeldia e drama!!!!
Tudo é injusto, tudo não vale, tudo é ruim.
Não existe meio termo: ou ODEIA ou AMA.
Não tem cinza ou meios tons... só branco-neve ou negro-carvão.
Cadê a heroína?(não quimicamente falando, entendido?)
Cadê a fada infalível? (não visualmente, hã?)
Onde foi parar “gênia” que sabia de tudo?
Virou ameba, estupidificou e está caquética, a anciã!
Outro dia eu ouvi:

- Eu nem pude escolher de quem nascer!

Hum?!?! Qual foi a tortura que originou tamanha declaração?
Simples: Eu chamei a dondoca de Bebela! Pior insulto por essas plagas.
Claro que eu coloquei as mãos no peito e num transe de dor soltei um: AAAIII!
Se eu queria a solidariedade do irmão, fracassei completa e redondamente. O Frederico apenas completou, acabando de enterrar a faca:

- A Isabela, ainda fala. Eu prefiro não falar o que eu penso, senão a senhora ia ficar muito deprimida!

Como é? Heim?
Então é isso.
E quando vem o auto elogio?

- Mãe, a senhora é muito ingrata! Nós somos os filhos que toda mãe queria ter: Estudiosos, nem tomamos recuperação. Não mexemos com drogas e até ajudamos em casa!

Corretíssimo. Só esqueceu de falar da modéstia, né?
Putz... E pensar nos bilhetinhos nos dias das mães! Snif.
Bom mesmo era quando o que eu anotava eram as palavras erradas. Até os erros eram engraçadinhos:

- As pétulas das flores!
- A ecolomiaque deveríamos fazer.
- A feiúra dos pichosnos muros.
- Os beliscos doloridos.
- A mulher ágia que se equiparava ao homem ágil (ágio- na língua infantil).
- O doce de leite começado.
- O Cristo Rebentô de Oliveira.

Tempo bom quando o pesadelo com o “Bicho da Florzinha” era motivo para pular para a minha cama e dormir bem agarradinha!
Tempo lindo quando um menininho de três anos quis me ensinar como parar de fumar, e eu falei que não tinha força suficiente:

- Mãe, a vida é assim: uma pessoa passa força para outra pessoa, que passa para outra... até conseguir!

Pois é. Compartilhem sua força comigo, que ta dureza!!!!
(Por favor, não espalhem, não, mas na minha adolescência, eu fui muito, muito pior!)


Foto: Acervo pessoal.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ela não está vencendo!




Essa foto aí, faz muitos, muitos anos! Estávamos, eu, o Papai, o Américo, a Cláudia e a Kênia, na casa da tia Walquíria. Nessa época, eu não sabia que as pessoas morriam. Quer dizer, a morte não era minha conhecida tão íntima. Depois dessa foto, de tempo em tempo, ela começou a aparecer e a se mostrar para mim. Mesmo assim, não me acostumei à sua presença. Ela sempre me machuca.De alguma forma eu tento mostrar a essa desmancha prazeres que, mesmo quando ela vem, não vence. Enquanto eu os guardar na minha memória e na minha alma, as pessoas que ela tenta afastar de mim, sobreviverão.
Peço a vocês, que leem este blog, que se sintam à vontade para contribuir com histórias, lembranças, fotos, etc. Deixem nos comentários para que eu possa publicá-los. Será um auxílio luxuoso na construção das lembranças.

Ontem, na escola em que eu trabalho, me lembrei de um caso que o Papai contava: Na época em que o Fabinho estudava no Grupo Escolar Rodrigues Campos,num dia em que quis cabular aula (adoro essa expressão!), ele ligou para a secretaria e, disfarçando a voz, falou:
- Estou ligando para avisar que o Fábio Tunes Filho não irá à aula hoje, porque está doente.
A secretária, perguntou:
- Quem é que está falando?
O Fabinho, imediatamente, respondeu:
- Aqui é o meu pai!

Que presença de espírito, heim?!

Então, me lembrei de uma outra história. Essa, não é do Papai, mas de um caso que li no blog do Luís Nassif e que, disseram, foi verdade acontecida:

Numa ocasião, quando chegou a um botequim para tomar "umas", tinha "acabado a luz".
O herói do "causo" pediu uma cachaça e o atendente disse:
- Mas estamos sem energia, 'Seu' Fulano.
Ao que, ele retrucou:
- Eu vim aqui para tomar pinga, não para tomar choque!

Fiquei rindo sozinha... mas eu quero mesmo, é compartilhar essa risada!

P.S.: Me desculpem a falta de atualização do blog, mas está dureza encontrar tempo para postar.
Bom feriado, Turma!

Foto: Acervo pessoal.